O Halloween, ou Dia das bruxas, é uma tradição inglesa,
tendo origem nas celebrações dos antigos povos celtas. Celebra-se no dia 31 de
outubro, véspera do dia de Todos-os-Santos. Existem várias tradições
relacionadas com esta celebração, como desenhar uma cara maléfica numa abóbora
e o famoso pedido “doçura ou travessura”.
Mas existe uma tradição nacional, menos conhecida, que tem
pontos comuns com esta. É o nosso “Pão por Deus”. Esta tradição parece poder
estar relacionada com o terramoto de 1755, que ocorreu a 1 de novembro. Nesse
dia, uma tradição mais antiga e associada às práticas relacionadas com as
refeições cerimoniais dos cultos dos mortos, teria sido aproveitada para os
mais pobres baterem à porta de quem mais tinha para matarem a fome.
Hoje em dia, trata-se de um peditório feito apenas por crianças
que, fora das grandes cidades, em pequenos grupos, batem às portas, no dia 1 de
novembro, e pedem o “Pão por Deus”. Claro que entretanto o pão se transformou
em bolinhos e guloseimas…
Há vários versos recitados para fazer o pedido e até mesmo
para agradecer, quando a dádiva é generosa, ou para criticar quando a resposta
é negativa:
Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós,
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados
À bela, bela cruz
Truz, Truz!
A senhora que está lá dentro
Sentada num banquinho
Faz favor de s'alevantar
Para vir dar um tostãozinho.
Se a dádiva é generosa:
Esta casa cheira a broa,
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho,
Aqui mora um santinho.
No caso de recusa:
Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho.
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto.
Daniel Fonseca, 7ºD
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